Tela do artista plástico moçambicano Antero Machado.

Tela do artista plástico moçambicano Antero Machado.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Chimamanda Adichie: O perigo da história única

Vale a pena usar alguns minutos para ouvir esta palestra. 

Vivemos em uma época onde a mídia ( falada, televisada impressa ou net) divulga o que quer e da forma que quer. Longe de mim pregar contra a liberdade de expressão, não é isso. O perigo esta em não se checar a noticia, não se ter o mínimo de ética ou responsabilidade. O que é publicado passa automaticamente a ser verdade e redivulgado em sequencia até se perder a autoria da matéria. As pessoas as aceitam como verdade absoluta e isso leva a varias distorções da realidade.

Chimamanda Adichie é uma escritora nigeriana, negra, com uma beleza típica de sua raça, inteligente, culta e que nos traz uma visão bem interessante e profunda de nossas percepções sobre outros povos, outras culturas e até de nossos vizinhos. Fala sobre o poder da mídia e o poder de quem conta as historias. Fala também do perigo de acreditarmos em uma única historia, isto é escutarmos apenas um lado, ou porque simplesmente não temos acesso a este outro lado ou ele não pode de alguma forma nos contar suas historias.

O poder da mídia cria mitos, cria anti heróis como vimos recentemente no BBB, cria pseudo estadistas, banaliza as barbaridades propiciadas por dirigentes e seus asseclas, muda os padrões éticos e morais tentando torná-los aceitáveis, como agora que distorcem a realidade diante de nossos olhos, como fazia a propaganda de Goebbels no lll Reich.
Chimamanda, com a sua simplicidade, nos mostra porque devemos ter um novo olhar sobre o mundo e o que esta a nossa volta.

Clique sobre "View Subtitles"e escolha a legenda em português.

Língua de Camões!



Este texto é dos melhores registros sobre a nossa digníssima “língua de Camões”, a tal que tem fama de ser pérfida, infiel ou traiçoeira.


Um político que estava em plena campanha chegou a uma pequena cidade, subiu ao palanque e começou o discurso:
- Compatriotas, companheiros, amigos! Encontramo-nos aqui, convocados, reunidos ou juntos para debater, tratar ou discutir um tópico, tema ou assunto, o qual me parece transcendente, importante ou de vida ou morte. O tópico, tema ou assunto que hoje nos convoca, reúne ou junta é a minha postulação, aspiração ou candidatura a Presidente da Câmara deste Município.

De repente, uma pessoa do público pergunta:
- Ouça lá, porque é que o senhor utiliza sempre três palavras, para dizer a mesma coisa?

O candidato respondeu:
- Pois veja, meu senhor: a primeira palavra é para pessoas com nível cultural muito alto, como intelectuais em geral; a segunda é para pessoas com um nível cultural médio, como o senhor e a maioria dos que estão aqui; A terceira palavra é para pessoas que têm um nível cultural muito baixo, pelo chão, digamos, como aquele senhor alcoólico, ali deitado na esquina.

De imediato, o alcoólico levanta-se a cambalear e “atira”:
-Senhor postulante, aspirante ou candidato: (hic) o fato, circunstância ou razão pela qual me encontro num estado etílico, alcoolizado ou mamado (hic), não implica, significa, ou quer dizer que o meu nível (hic) cultural seja ínfimo, baixo ou mesmo rasca (hic). E com toda a reverência, estima ou respeito que o senhor me merece (hic) pode ir agrupando, reunindo ou juntando (hic) os seus haveres, coisas ou bagulhos (hic) e encaminhar-se, dirigir-se ou ir direitinho (hic) à leviana da sua progenitora, à mundana da sua mãe biológica ou à PQP!
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